Alô, pessoas!
Em janeiro deste ano, a Netflix lançou mais um de seus documentários originais na plataforma: The Greatest Night In Pop ou A noite que mudou o pop, no Brasil, com direção de Bao Nguyegen. E, como é comum de alguns documentários da plataforma que envolvem cultura pop dos anos 1980, o documentário tem a animação e a leveza que se espera em uma produção sobre um tema animado.
Pôster do documentário The Greatest Night In Pop. Foto: Reprodução IMDB. Disponível em https://www.imdb.com/title/tt30796448/
O documentário não conta só a história do projeto USA for Africa, como também mostra a tragetória de toda uma produção, desde a ideia do projeto, indo para a composição da música We Are The World, passando pelo contexto que situa o espectador em toda aquela história, mostrando as etapas de produção e, claro, a repercussão da música e do projeto no final de todo trabalho por trás da famosa We Are The World.
Conhecemos um pouco como funcionou cada etapa do projeto, incluindo chamar cantores, planejar a agenda, compor a música, gravar tudo no estúdio e deixar tudo organizado para que flua harmonicamente tanto dentro, quanto fora da música. Para facilitar o processo de contar essa longa história, alguns cantores que participaram do clipe foram convidados, além de alguns responsáveis na produção audiovisual que fizeram a música e o clipe darem certo. Nesse quesito, não vemos um narrador contanto parte da história e sim deixando que os entrevistados e imagens diversas contem a história.
É interessante deixarem quem participou da construção do projeto e as imagens, vídeos e gravações antigas de pessoas envolvidas como Michael Jackson, Quincy Jones e Ken Kragen deixarem levar o documentário para frente, fica mais fluído saber a história de quem presenciou aquilo tudo. Assim, destaca-se Lionel Richie, que falou sobre as etapas, o que credita a ele grande envolvimento na produção da música, ao lado de outras grandes mentes.
O fato de mostrarem cada etapa de forma fluída indica que fica mais fácil perceber os altos e os baixos, os acertos e as dificuldades que os artistas e os produtores tiveram para fazer a gravação de We Are The World dar certo. Esse elemento é cativante, pois prende o espectador e é difícil não ficar imerso naquilo, uma vez que vemos uma mistura de vários sentimentos ao longo do documentário. Momentos de seriedade, momentos descontraídos, momentos emocionantes e momentos poéticos, tudo misturado e colocado em um documentário que nos faz lembrar da importância que a música We Are The World e o projeto USA For Africa trouxeram consigo. Além de mostrar bastidores e cenas dos artistas que estavam lá por uma causa.
No geral, um documentário faria mais sentido do que um filme bibliográfico. A junção das imagens, das gravações antigas, das fotografias, das lembranças e dos depoimentos de alguns dos que participaram de um evento tão marcante formam uma combinação perfeita para passar o sentimento necessário para se emocionar — e foi emocionante. Vale ressaltar que o documentário faz questão de lembrar que foi gravado em apenas um dia, mais precisamente em uma madrugada, que foi um planejamento corrido e que no final deu tudo certo. Não há muitas palavras para definir o documentário, mas se fosse para escolher uma, ela, com certeza, é: emocionante.
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